sábado, 28 de agosto de 2010

as bombas caíram...

"Na mão do outro, o ventre era como sérias serpentes rosa-lombrigadas. Eram móveis cordas em vermelho-rosa que aumentavam e diminuíam de tamanho na mão do outro que as segurava. O rosto do outro já não era o não-velho e o não-novo. Era calvo, de cabelos pretos e dentes enegrecidos que se abriam para engolir as serpentes.

Enquanto, lenta, a boca abria entre o azul-marrom, a menina-mulher riu de cabeça inteira, voltando a cabeça de si para contra-si. A culpa é minha!

A boca do calvo comeu as serpentes com as mãos ávidas de vontade, deixando o vermelho-mais-que-rosa escorrer abundante pelo queixo. Ao mastigar, a boca produzia outro silêncio quase de vogais."

em breve, texto na íntegra!

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